quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Beep... Beep...



Estando sempre longe é difícil lembrar que agora ainda está mais longe. Como quase se esquece, às vezes apetece pegar na agenda e marcar o número, que não se sabe de cor, apenas os primeiros quatro dígitos. Marcar um a um, até completar os nove que levam àquela voz emocionada de quem ouve quem ama. Ou ouvia.
Se o número for marcado novamente no telefone antigo, em que há uma roda giratória, onde estão inseridos todos os algarismos de 0 a 9, que devem ser levados até à pequena patilha metálica que é a garantia de que aquele número ficou mesmo registado, não acontece nada.
Nada.
Se não acontece nada, se do outro lado há apenas um vazio que ouve o telefone a tocar incessantemente na pequena mesinha de madeira, então porquê a lembrança? Por que continuam os primeiros quatro dígitos a martelar na memória e a insistir em insinuar-se se já não levam àquela voz que ama?
Talvez haja um novo número de que ainda não tenho conhecimento. Ou talvez não seja possível ligar de lá para cá e o desespero seja mútuo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

domingo, 26 de outubro de 2014

O poema mais lindo

O poema mais lindo que já conheci não o li. Vi-o com os olhos. vi-o no meio da natureza. Não estava escrito. Estava vivo à minha frente. Tinha uma cor mais escura que a minha, a cabeça levantada e o olhar fixo num par de pequenos arcos coloridos, que se juntavam e afastavam sempre ao mesmo ritmo. Amarelos com umas pintinhas castanhas e com uma mão estendida para eles, encontravam-se e desencontravam-se, escapando àquela mão que não os agarrava.

Os PreTextos

Em 2008 comecei o meu primeiro blog, PreTextos. Lembro-me que o nome me apareceu sugerido no meu manual de Língua Portuguesa da altura. Escrevi durante 4 anos consecutivos. Deixei de escrever em 2011. Como é natural cresci e a minha vida agora é diferente mas de alguma forma faz sentido voltar a escrever. Assim sendo, 3 anos depois estou de volta e parece que há mais PreTextos para escrever.